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O Ano Novo que não começa

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O calendário muda, os fogos anunciam um novo ciclo e as palavras “ano novo” voltam a circular com entusiasmo no relacionamento com nossos irmãos de chão. No entanto, para além da contagem do tempo, existe uma verdade que nos apoquenta: - o Ano Novo nunca começará na mente de quem continua vivendo o continuísmo e defendendo a permanência da mesmice.

A renovação não é um evento trivial e automático. Algo novo, exige ruptura, revisão de práticas, coragem para abandonar zonas de conforto e disposição para enfrentar o esperado desconhecido com responsabilidade. Onde impera o continuísmo, seja ele político, social, institucional ou espiritual — o tempo apenas se repete, travestido de novidade.

Mesmice não representa estabilidade como muitos se justificam com esse adágio. Existe uma diferença profunda entre estabilidade e estagnação. A primeira sustenta; a segunda paralisa. Defender o que já não responde às demandas do presente é condenar o futuro a repetir erros antigos, mantendo privilégios, discursos vazios e estruturas que já não servem aos irmãos da mesma comunidade.

Um verdadeiro ANO NOVO começa quando a mente se abre para a autocrítica e o coração se dispõe à mudança. Começa quando ideias envelhecidas são confrontadas, quando práticas ineficazes são superadas e quando o compromisso com o coletivo se sobrepõe aos interesses pessoais.

Sem essa mudança interior, o Ano Novo será apenas uma converção do calendário. Com ela, transforma-se em possibilidade concreta de reconstrução, esperança e avanço.

O desafio que se impõe não é mudar o ano, mas mudar a mentalidade, o modelo de fazer escolhas e a coragem de dizer: NÃO, quando a hora chegar!

 

Dr. Gidalti Moura, seu irmão de chão

 

 

 
 
 

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