Despedida do último patriarca da geração Ângelo Pastor, Cândido Pastor, Maria Pinheiro e Leonídia Cardeal de Oliveira.
- Dr. Gidalti /Escreveu e disse
- 7 de ago.
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“Terça feira (05.08), me despedi do Tio Zeto”

Pastor duas vezes, no nome, José Pastor, e no chamado, vivido com entrega e fidelidade. Tive a honra de caminhar com ele em seu ministério no Norte do Brasil. Vi com meus próprios olhos o que significa ser servo de verdade. Ser pastor de vidas, não apenas de púlpitos. De gente simples, de lugares distantes, de almas sedentas.
De tudo o que aprendi com ele, carrego comigo uma certeza de boa lembrança e de honra ao mesmo tempo: não existem mais pastores como antigamente.
Tio Zeto encerrou sua carreira de 77 anos de fé cristã, desde que por influência de sua irmã Laura, abraçou a fé adventista. Encerrou um ciclo de 33 anos de pastor e de um ministério exercido em regiões do país, com maior incidência no Norte do Brasil. Nesse vasto campo, tio Zeto nunca foi apenas um pastor de púlpito nas igrejas, ele era pastor nas estradas, nos rios e florestas da Amazônia. Um obreiro de Deus especializado em consolar pessoas e administrar a dor e o sofrimento, indicar direção e tirar a dúvida pela força da palavra.de rio, de floresta, de alma. Um homem que levou consolo onde havia dor, direção onde havia dúvida, e esperança onde parecia não mais haver.
Homens como tio Zeto, não se formam em seminários — nascem com um chamado cravado no peito, e vivem como se o mundo inteiro dependesse de cada gesto de amor, de cada palavra pregada, de cada lágrima derramada em oração. Seu legado não se mede em palavras, mas em vidas tocadas. E a minha é uma delas.
O tio Zeto partiu, mas o que ele semeou em mim, como sobrinho e colaborador assistente em seu ministério e o que também plantou em tantos que conviveram com ele, permanece.E se um dia eu puder ser metade do pastor que ele foi, já estarei além do que jamais imaginei ser um pastor no nome e pastor segundo o coração de Deus como assim escreveu o profeta Jeremias no verso 15 do capítulo 3 de seu livro: “E dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com conhecimento e com inteligência”
Em seus momentos de despedida, vivido e presenciado por irmãos em Cristo, familiares, parentes e amigos, seu filho, professor Weslley, vencendo a emoção e controlando as lágrimas, pode confirmar as palavras que introduzem essa matéria relicária que escrevo nesse portal para o meu tio Zeto.

Assim se expressou meu primo:
“Hoje descansa um fiel servo do Senhor, porque não dizer um Herói da Fé. Homem de coração bom, sempre atendendo as necessidades do próximo. Movia céus e terra para pregar o evangelho. Fez do seu nome a sua profissão. Atendeu ao chamado do Mestre.
Conduziu centenas, ou quem sabe milhares, nos 33 anos que atuou como pastor, aos pés de Cristo. Uniu pelo casamento centenas através das Bençãos de Deus.
Não sendo egocêntrico, encaminhou sobrinhos, filhos e muitos outros ao estudo, sem medir esforços. Através da pregação do evangelho desbravou o Nordeste, norte, sudeste, e por que não falar o sertão da Bahia.
Tendo um senso de humor invejável, brincava que em 1931 nasceram 3 celebridades, O Esporte Clube Bahia, seu time do coração, O Cristo Redentor e José Pastor.
Sempre estava sorridente e contagiava a todos que perto estavam.
Este humilde servo de Deus não fazia distinção entre ricos e pobres, entre cultos e iletrados, tratava todos da mesma forma conforme o exemplo de Jesus. Tinha seus defeitos, seus pecados, afinal quem não tem, atire a primeira pedra. Mas como Davi, era humilde e se quebrantava perante Deus. Posso dizer também que foi um homem segundo o coração de Deus.
Meu pai, meu exemplo, meu orgulho. Hoje o senhor descansa, mas como dizia um dos seus versos preferidos, em 2º Timóteo 4:7-8 - Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda.
Deixará uma enorme saudade em nossos corações. Sua amada esposa Prof. Aurineide que o chamava de Painho, sua fiel secretária Raimunda (Ama), nossa segunda mãe, que sempre cuidou de todos e dedicou toda sua vida em prol da nossa família. seus filhos, Joywadson (Joy) em memória, Evilin, Joneide (Jô), Leoneide (Tata) e eu Weslley. Sua nora Bruna que te amava e cuidou do senhor até os últimos minutos de vida. Seus genros Rodolfo, Carlos e Aldrovano (Vano) que sempre te admiraram. Seus netos, Fernando, Rafael, Hector e Pietro. Destacamos primos, sobrinhos, enfim, toda família e amigos que te amavam.
Sentiremos muitas saudades, mas seu legado ecoará nesta terra até a volta de Jesus, onde naquele grande dia, poderá abraçar seu filho que já descansa, e seus irmãos, Jonas, Laura, Dão, Totinha, Lita, Gumercindo e Zelito, que se regozijarão e entrarão triunfantes nas mansões celestiais.
Dorme pai, o sono dos justos e nós, só nos resta nos prepararmos para encontrarmos contigo. Te amamos.
Tio Zeto era irmão de chão, interesado nos atos do poder público. Esse flash foi em um encontro de educação. (Secretário prof. Reis da educação, secretário Gidalti de administração e o presidente da Rádio Comunitária José Socorro).

Uma de suas ultimas comemorações de aniversário e as marcas e cores de seu escrete de ouro do coração o Esporte Clube Bahia fundado no ano de seu nascimento, 1931. Junto com seu time, tio Zeto faria 94 anos em dezembro.

Eta tio, foram 93 anos, 1123 meses, 4885 semanas, 34197 dias, 820740 horas, 49244400 minutos e 2954664000 segundos.