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Alunos do CETEP SISAL II - Araci, desenvolvem creme com casca de banana


Os cientistas são Iarlei de Sousa, Samoel de Lima, Jefferson Correia e Ellen Cristina Moura. Claro que se pode chamá-los de cientistas. Cientista é uma pessoa que realiza pesquisas científicas para avançar o conhecimento em uma área de interesse. Alguém motivado a trabalhar de várias maneiras, com o desejo de entender por que o mundo é como o vemos e como ele veio a ser. Polis é. O quarteto de pesquisadores, são estudantes do curso técnico de nível médio em Análises Clínicas, do CETEP - Centro Territorial de Educação Profissional do Sisal II, em Araci.

O projeto aplica-se à “Produção de um fitocosmético”, cosmético natural elaborado com óleos, manteigas vegetais e extratos de plantas medicinais, com vantagens cientificamente comprovadas. O fitocosmético desenvolvido por Iarlei, Samuel, Jefferson e Ellen utiliza a casca de banana, escolhida por eles como alternativa sustentável para tratamentos estéticos, apresentando ainda, o desenvolvendo um creme hidratante de baixo custo, com a utilização da banana, fruta tão abundante, cultivada e consumida há mais de 400 anos.

O projeto conquistou o 1º lugar na categoria “Ciências Biológicas” e venceu as categorias "Reconhecimento empreendedor” e “Mérito de reconhecimento científico” na 9ª Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (FECIBA), realizada de forma on-line, em dezembro de 2021.

Os estudantes do curso técnico de nível médio em Análises Clínicas, são orientados pela professora Pachiele Silva Cabral. A iniciativa da orientadora estimulou neles a pesquisa científica e lhes enriqueceu o aprendizado.

“O projeto possibilita o contato direto e prático com a ciência, agregando conhecimentos e visão que ajudarão a abrir os horizontes na vida acadêmica que escolherem e no mercado de trabalho. E já que fazem o curso de técnico de Análises Clínicas, o projeto possibilita, ainda, a vivência nas análises laboratoriais, que é de grande importância, e no Laboratório de Pesquisa, que é um campo de trabalho para o mesmo”, explicou a professora Pachiele.

“Nosso projeto visa a utilização da casca da banana para a produção de um creme fitoterápico para a pele, pois, diferentemente do pensamento quase que universal, ela possui propriedades benéficas comprovadas por estudos científicos, como, por exemplo, a presença de bioativos antioxidantes. Inclusive, o composto que buscamos na casca é o flavonoide, um poderoso antioxidante que combate os radicais livres e seus danos para a pele. O nosso trabalho tenta possibilitar que um creme de baixo custo possua esse importante ativo”, disse o estudante Samoel Lima.

“O projeto tem a sustentabilidade como um norte a ser seguido. “A banana, mais especificamente a casca dela, casou certo com o nosso objetivo, uma vez que do seu enorme consumo gera muito lixo. O nosso trabalho vai além de trazer um caminho para reutilizar tudo isso, pois ele traz também uma possibilidade de se discutir o comportamento da sociedade de desvalorização das coisas. Desvalorização essa que faz as pessoas verem a casca da banana unicamente como um meio de proteção da polpa, sem nutrientes benéficos e sem a possibilidade de reaproveitamento, o que, além de ser uma ideia completamente errada, gera impacto ambiental significativo”. Argumentou o estudante Iarlei de Sousa.


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