Movimento realizado anualmente no Brasil e em outros países da América do Sul aconteceu hoje em Araci. Desbravadores, outros jovens, adultos, crianças e adolescentes da Igreja Adventista do 7º Dia, central, impactaram a cidade, levando em ruas principais o tema da campanha desse ano:
O "Quebrando o Silêncio" vem se realizando ao longo desses 21 anos, desde que fez sua primeira versão em 2002. O movimento é feito em oito países do Continente Sul-americano e consiste em realizações de palestras, passeatas, fóruns, e distribuição de materiais, com o intuito de orientar as vítimas na busca de ajuda dos órgãos competentes, quebrando assim o ciclo da violência.
Em cada versão, é tratado um eixo central em torno do problema da violência e em 2023, a igreja organizada para a América do Sul, escolheu trabalhar o tema, “RESPEITO À VIDA” ENFOCANDO “Proteção a quem gera a vida” combatendo todo tipo de abuso à mulher, antes e depois do parto”.
Logo cedo na Escola Sabatina, a programação estava alinhada ao tema da Campanha. O pastor Flávio preparou a igreja para a atuação externa com a mensagem: "Mãe, o amor de Deus que o mundo precisa.
Desbravadores, outros jovens, adultos, crianças e adolescentes da Igreja Adventista do 7º Dia, central, formaram uma congregação saindo em passeata da frente da igreja central na Praça José Ferreira, caminhando em ruas centrais da cidade, com cartazes, mensagens e orientações feitas pelo pastor Flávio amplificadas pelo Piter Som, do enunciador mais requerido para evoluções do gênero, Pedrinho de Edite, impactaram a cidade, levando em ruas principais o tema da campanha desse ano:
“Nós estamos dando ênfase na campanha desse ano, o respeito à vida, enfocando proteção a mulher, essa que gera a vida e que todos a chamam de mãe. O projeto Quebrando o Silêncio desse ano, está convidando a todos a se unirem e abraçarem essa iniciativa dos adventistas, ajudando a combater todo tipo de abuso à mulher, tanto antes como também do parto. – Falava ao microfone o pastor Flávio.
“O número de agressores e vítimas assusta as autoridades e organizações dedicadas à proteção da mulher em todo mundo. Por isso a igreja adventista vê a necessidade de falar muito sobre esse tema. E mais importante ainda: Orientar a todos para terem coragem de denunciar casos de agressão, vistos em suas comunidades e até no seio da família” – Enfatizava pastor Flávio ao longo da trajetória.
No percurso, os participantes da passeata, entregavam folhetos e revista com orientações importantes e até alarmantes para sensibilizar os leitores da importância da campanha e do significado de cada projeto “Quebrando o Silencia”, levado à efeito todos os anos pela Igreja Adventista.
“Médicos, obstetras certificam que insultos a mulheres no parto são 'ponta do iceberg' da violência obstétrica no Brasil. Pesquisadores do assunto também asseveram que insultos verbais e humilhações, vividos por mulheres durante o parto são também o fio da meada de uma série de intervenções e procedimentos nem sempre necessários, às vezes feitos sem consentimento da paciente e em certos casos invasivos que caracterizam a violência obstétrica no Brasil.
Palavras "cruéis" ouvidas por mulheres ao dar à luz vão desde a insistência para ela fazer força quando não consegue fazê-lo até "cala boca senão seu bebê vai nascer surdo", "na hora de fazer (o filho) não gritou" ou "cala a boca ou você vai acabar matando o seu bebê". Essas violências, transformam partos, mesmo sem intercorrências graves, em "experiências traumáticas", com sequelas físicas e psicológicas para mulheres.
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