Seis de janeiro, parece ser um comum e a data não encerra nenhum feriado, mas é marcado por muitos significados e rico em eventos, festejos e celebrações que acontecem em Araci e em diferentes escalas de destaques em pelo país e pelo mundo.
A origem tem evidencias bíblicas em passagem bíblica ao comentar que os reis magos do Oriente, guiados por uma estrela, chegaram a Belém, 12 dias após o nascimento do menino Jesus e junto à manjedoura depositaram ouro, incenso e mirra, como presente ao “menino Deus” recém-nascido.
Tendo em conta que o império romano por seu soberano Constantino fixou 25 de dezembro como dia do “natalício do menino Jesus” e a data passou a ser celebrada em todo mundo, 12 dias depois o dia 6 de janeiro, entrou no calendário romano como o “dia dos santos Reis” e preservada como a “Folia de Reis”, tornando-se uma tradição cristã em Portugal e Espanha e trazida ao Brasil no século XIX.
Após as festas mais significativas de fim de ano, Natal e Réveillon, todos são afetados pela dúvida: “quando desmanchar e guardar as decorações natalinas e os ornamentos da festa da virada?”. Como eu, por exemplo que faço festa dupla no natal por ser dia de aniversário, guardo a tradição de só desmontar minha árvore de natal depois de 6 de janeiro, e ainda dou uma esticadinha, mantendo os enfeitamentos até a noite do dia 16, para alegrar a noite do aniversário de Neto, que leva o nome do avô, João Bispo de Moura Neto.
A história sinaliza que há mais de 80 anos, a cidade de Araci, tem como tradição comemorar a Folia de Reis, como uma data que encerra as festividades natalinas promovidas pela Igreja Católica, com muita música típicas da festa do reisado, desfiles, danças e bênçãos.
Faz parte da tradição, os grupos de folia que nesse período de 12 dias, percorrem a cidade, regiões rurais e nesse trajeto cultural, visitam residências urbanas e casas na zona rural, fazendas, sítios e roças. Esses grupos, chamados de reisados, apresentam cenários e coreografias de um embaixador, contramestres, palhaços, alferes, foliões e os três reis magos. É comum que eles desfilem pelas ruas e visitem as casas daqueles que desejam receber a visita do grupo.
Com o passar dos anos a Folia de Reis incorporou em sua tradição novas figuras. O exemplo mais marcante é a presença do Boi. Esse boi, se confunde em algumas regiões com o lendário Boi Bumbá, Boi de Reis, Bumba meu Boi, por não se saber ao certo sua origem. O Boi de Reis. Essa variação de nomes decorre das peculiaridades regionais e depende também da variação de elementos que figuram nas apresentações, mas todos de origem portuguesa.
O Boi de Janeiro que alegra o reisado de Araci, remonta história e cultura de 1937, quando surgiu o primeiro Boi de Janeiro, do histórico Grupo Coquis. Maria Eulália, do município de Rubim (MG), desejando ser curada de uma grande enfermidade, prometeu sair em cortejo pelas ruas da cidade para agradecer. Reuniu um grupo de familiares para saírem as ruas cantando os louvores alegres e de agradecimento, acompanhados pelo “Boi de Janeiro” cujo nome foi reconhecido e premiado como figura destacada do folclore.
Na noite de ontem, (6 de janeiro) a prefeita Keinha, a vice Gilmara, desfilavam entre o grupo de celebração do tradicional Reisado de Araci, quando de sua chegada à Matriz de Nossa Senhora da Conceição, para a culminação das festividades do Dia de Reis. Muita gente formava o bloco dos foliões do Boi de Janeiro, entre ela, vereadores, servidores municipais e muitas pessoas sempre presentes nas comemorações do reisado em Araci, todos os anos.
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