A celebração desta data histórica, acontece sempre no mês de fevereiro e sempre no sábado mais próximo ao dia 27 de fevereiro, que marca dois acontecimentos históricos para milhares de pessoas, guardiãs de dois principais pilares da Igreja adventista do 7º Dia: A segunda volta de Jesus e a guarda do sábado como o dia de descanso segundo a Bíblia.
No último sábado 1º de março, a Igreja adventista solenizou três datas memoriosas que evidenciam a atuação da presciência de Deus em todos as ações humanas ao longo da história da salvação.
“Os moinhos do tempo de Deus, giram lentos, mas sem parar e seus efeitos serão vistos na eternidade”
"Amaro Ferreira Lima (aos 41 anos - imagem 1943) e seu filho Selemias quando aos 80 anos, visitou Araci e o caldeirão de seu pai".
A maxima acima, foi escrita pelo pastor Selemias Lima, em sua visita a Araci, na comemoração dos 70º aniversário da igreja. Selemias fala de seu pai, Amaro de Oliveira Lima, que saiu do primitivo lugarejo, chamado Caldeirão, na devastadora seca de 1930 e foi aventurar melhoria de vida no Rio de Janeiro.
Um relicário de informações e imagens sobre esse início providencial da chegada da mensagem adventista foi apresentado na comemoração dos 79 Anos da Igreja e não há como não retroceder ao tempo em que os “Moinhos de Deus” começaram a girar para que a mensagem do advento de Jesus e do sábado chegasse ao antigo Raso.
95 anos formam um tampo de memórias da Igreja Adventista de Araci, pois foi a chegada desse “tabaréu e parangu” chegando ao Rio de Janeiro, lá nas terras fluminenses, conheceu as verdades do adventismo e do sábado e assentou em seu coração tornar-se adventista e guardador do sábado.
(Na janela da casa emprestada, Chrispina Lima com o segundo filho Arôvel e Laura com o primogênito, Pável).
Em janeiro de 1934, sua prima Laura, depois de se casar com o marinheiro João Moura, foi morar no Rio de Janeiro e ao toque do “Moinho de Deus”, foi recebida por seu primo Amaro e sua esposa Chrispina, que lhe emprestaram uma pequena casa de recuo de sua residência no bucólico bairro de Ricardo de Albuquerque.
Laura era católica, devota de Maria e cantava no coral da igreja de Nossa Senhora da Conceição, mas o acolhimento e o amor recebido do primo “crente”, foram aos poucos levando Laura a aceitar a mensagem e abraçar a mesma fé de seu primo Amaro.
Em 1946, com a licença da Marinha concedida a seu esposo, Laura, João e seus primeiros filhos cariocas, Pável, Arôvel e Grênivel, retornaram para Araci e nessa volta, os “moinhos do tempo de Deus”, marcaram o tempo de novo recomeço: “O início da mensagem adventista pregada por Laura e seus três filhos, já que nesse tempo, seu esposo ainda não comungava a mesma fé de sua esposa.
(Imagem relicária da familia Moura, seus nove filhos, sementes que frutificaram resultando na igreja primitiva e depois organizada, incorporando-se a ela uma escola, Centro Educacional Pastor José Jeremias de Oliveira).
Os 79 anos comemorados no último sábado (1º de março) marcava esse início da igreja como uma pequena congregação que se reunia em uma das salas da residência do casal João e Laura na Praça Nossa Senhora da Conceição. O grupo de adventistas e guardadores do sábado, foi crescendo e se fortalecendo com a adesão de famílias como a família do marceneiro Jadir, do comerciante Dionízio, do ferreiro Aprígio, do carpinteiro Dega, do concertador de armas, Joaquim Messias, do mecânico Ricardo, seu filho Francisco, do alfaiate José dos Santos, do fazendeiro Pedro Lima e de outros, levando a congregação a crescer até a condição de tornar-se numa igreja reconhecida, sendo emancipada por Ato Administrativo da organização superior em 27 de fevereiro de 1982.
Essas etapas do “Moinho de Deus” foram celebradas e como parte marcante do sábado de festa, se comemorou com muita adoração, louvor e dádivas de gratidão os “43 Anos” da igreja que hoje, fixada na Praça do fundador da cidade, Capitão José Ferreira de Carvalho, apresentar-se como um dos 34 templos de uma igreja fundada há 79 anos nesta cidade.
Na festa foi apresentado o relicário anunciado no início da matéria, onde os anciãos, a anciã Zilda Celestino, Gidalti Moura, Antônio Ferreira e Jairo Celso, apresentaram a história dos pioneiros. O pastor da hora Valmir Bento procedeu uma cerimônia de batismo e apresentação de criança, sendo o mensageiro da palavra nesse culto de gratidão. A Banda Ministério Seven da igreja de Alagoinhas foi convidada para abrilhantar o dia de festa e durante toda a tarde, um recital de música foi apresentado pela banda visitante.
O dia festivo terminou no final da programação do recital musical em presença do pastor Carlos Ferreira, presidente da ABAC-Associação Bahia Central. Pastor Carlos fez o encerramento da programação e fotografou com os celebrantes depois de pregar para todos.
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